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Psicologia

Corpo, psicologia e adoecimento.
DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

Por ANA CAROLINA SEARA

 Vivemos na atualidade grandes mudanças, sejam relativas à área científica ou de recursos tecnológicos, permitindo que as pessoas vivam mais anos. Entretanto, nem sempre o aumento da expectativa de vida é acompanhado de uma significativa qualidade de vida. Os avanços da medicina permitem que várias doenças sejam diagnosticadas precocemente; o avanço da indústria farmacêutica possibilita que as pessoas tenham uma longa sobrevida, apesar de doenças preexistentes. Mas o que ainda não se conseguiu controlar foi o aparecimento das doenças e suspeita-se que elas possam estar relacionadas com a forma como vivemos na atualidade.

Nosso organismo é um todo integrado, não poderíamos viver apenas com uma parte dele; nesse sentido, não se pode, nem se deve relegar a segundo plano o funcionamento ou o mal funcionamento de um órgão ou sistema. Quando uma das partes não está bem, deveríamos olhar para o todo e entender o que esse sintoma pode estar nos sinalizando. Os sintomas devem ser vistos como uma forma de o organismo se manifestar e, se não escutamos essas manifestações, logo somos obrigados, por meio de um sintoma mais “grave”, a repousarmos e cuidarmos do nosso corpo. Ao entendermos o “recado” do nosso organismo e ao fazermos uso dessa aprendizagem corporal, poderemos estar muito mais integrados, usando essa experiências para nosso crescimento. O corpo fala uma linguagem que às vezes levamos uma vida inteira para entender, quisera que nós pudéssemos aprender esse idioma enquanto existe possibilidade de comunicação.

Nesse sentido, emoções influenciam o corpo e o corpo também tem influencia no nosso estado emocional: são partes do mesmo todo. Não se pode falar em doenças sem um corpo, ou seja, as doenças não existiriam como um a priori, em verdade o que existe é alguém que está doente. E a forma como uma pessoa adoece é muito particular e está intimamente relacionada à sua maneira de viver e, nesse sentido, também à maneira como vai se recuperar. Por isso, é necessário resgatar o olhar para o corpo, para a pessoa que adoece, integrando as polaridades “mente e corpo”, para oferecer um modelo de tratamento que devolva a sabedoria das pessoas na busca por saúde e que lhes forneça as ferramentas necessárias para que possam encontrar uma forma mais saudável de viver.

Psicoterapia

A psicoterapia é uma das ferramentas para se buscar uma nova forma de viver, seja no enfrentamento de um diagnóstico, no qual o paciente precisa resgatar sua força e os recursos internos adequados para lidar com essa nova situação; seja na busca por uma forma mais integrada de viver o cotidiano e os desafios da vida moderna (stress, ansiedade, aumento de demandas e produtividade, desafios e exigências contemporâneas, etc.) que tanto afetam o equilíbrio do nosso organismo e abrem espaço para o adoecimento.

Trabalho em Equipe

Promover um trabalho em que se possa integrar diversos olhares para o paciente, entendendo que ele não é apenas o somatório de várias partes que podem ser tratadas por diversos profissionais (o médico, enfocando o quadro clínico; o nutricionista, a dieta alimentar; o fisioterapeuta, a execução precisa dos movimentos; o psicólogo, as emoções e formas de enfrentamento, etc.), mas, além disso, que todas essas partes estão em inter-relação, pois uma mudança em uma delas repercute no todo. Por isso, é fundamental um trabalho de equipe de fato integrado, em que cada olhar específico se soma aos outros olhares, promovendo um olhar singular, o que simbolicamente podemos chamar de CORPO clínico, e um corpo só tem vida quando todas as partes se inter-relacionam positivamente.

O objetivo do trabalho na Clínica UNO é promover um olhar ampliado, em que a equipe funciona como um corpo-auxiliar, buscando os melhores recursos e tratamentos para o paciente, através de um corpo clinico especializado que se comunica e troca informações pertinentes e relevantes na busca pela melhor forma de cuidar de cada paciente (resguardando a ética e o sigilo relativos a cada área de atuação).

Psicologia do Adoecimento

Trabalho psicoterapêutico que permite ampliar a compreensão do adoecimento e possibilitar o desenvolvimento de uma forma mais saudável de se relacionar com o corpo. Esta proposta de trabalho permite o resgate dos recursos internos de cada pessoa, a partir da compreensão do funcionamento do nosso organismo, possibilitando uma maior integração emocional.

Quem pode se beneficiar deste trabalho?

  • Pessoas com queixas ou sintomas relativos ao adoecimento;
  • Pacientes que precisam enfrentar o diagnóstico de uma doença;
  • Pessoas que identifiquem que suas emoções, ou a dificuldade de enfrentamento de problemas, estejam afetando sua saúde;
  • Pessoas que queiram ampliar sua percepção sobre a relação entre saúde, adoecimento e seu organismo.

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ANA CAROLINA SEARA é psicóloga.